Saturday, October 27, 2007

BOM FIM DE SEMANA






Queridos Amigos, na passada 4ªfeira, levantei-me muito cedo e resolvi ir fotografar o amanheçer.
Como podem ver estava lindíssimo e até tive a grande sorte de apanhar diversos arco-iris...

Ofereço-vos estas imagens com muito carinho e o desejo de muita Paz, Tranquilidade e Amor no Coração.

Não levem a mal, mas partilho-as mais particularmente com o José Gonçalves ( Por entre montes e vales), Maria Faia (Querubim Peregrino), Ernesto Feliciano (São Martinho do Porto), Meg (Recalcitrante), Madalena Pestana (Não há rios iguais) e Margarida Araujo (Sem sentidos com sentido).

Bom fim de semana.

Wednesday, October 24, 2007

PRÉMIO BEM ATRIBUÍDO!!!





















HOTEL PALÁCIO DO CAPITÃO
São Martinho do Porto

Fiquei hoje muito admirada ao me deparar com a noticia que passo a transcrever, publicada no Jornal Expresso do passado Sábado e que me deu mesmo muita alegria...

“Quando o antigo é um privilégio

A fiel reabilitação do Hotel Palace do Capitão, em São Martinho do Porto,
foi distinguida com o Prémio de Arquitectura Eugénio dos Santos,
da autarquia de Alcobaça

Quem vê hoje o Hotel Palace do Capitão, altivo e senhorial, desfrutando de uma vista desimpedida sobre a serena baía de São Martinho do Porto, não faz a menor ideia do desafio imposto a José Luís Fortunato, o actual proprietário, que apostou na sua reabilitação.

Gerir as exigências inerentes a um edifício classificado como património municipal e transformá-lo num hotel de «charme», conciliando as imposições da Direcção-Geral do Turismo e do IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico), não foi tarefa fácil. Porém, o esforço valeu bem a pena e o projecto de reabilitação, da autoria do arquitecto Sousa Lopes, foi recentemente distinguido com o Prémio de Arquitectura Eugénio dos Santos, da autarquia de Alcobaça.

Reconstruir no sentido mais puro, recuperando o espírito clássico e distinto de outras épocas, foi a intenção da família Fortunato ao investir na conversão desta casa apalaçada, outrora pertença a uma das figuras mais ilustres da terra, o capitão Jaime Granger Pinto.

Edificado em 1917, segundo um projecto do arquitecto Ernesto Corrody, o palacete é um exemplo do estilo Arte Nova, que os actuais proprietários fizeram questão de manter. «Tentámos que a casa ficasse exactamente igual ao que era. Da fachada aos interiores e aos azulejos que faltavam. Com os azulejos datados do início do século passado tivemos até muita sorte, pois o capitão Granger guardou uma caixa extra, para uma qualquer eventualidade. Quem diria que quase cem anos depois seriam mesmo utilizados e dariam tanto jeito?», conta Tânia Fortunato, directora da unidade hoteleira e filha do proprietário.

Das escadarias aos murais e vitrais, passando pelos gessos que adornam os tectos, nenhum pormenor foi descurado. «Até a cor da fachada tinha de se aproximar o mais possível do salmão alaranjado envelhecido da cor original», reforça a responsável.

Pai e filha insistiram em manter a linha clássica, até na decoração e acessórios. «Achamos que o antigo é um privilégio. Por isso nem as portas quisemos das mais modernas e mantivemos o estilo de cortinados pesados, típicos daquele tempo, em tons «bordeaux». Já para não falar das camas, que são todas estilo D. Maria», realça a directora do espaço, que foi também a responsável pela decoração do hotel, complementando o trabalho do pai, que através da empresa Fortunato Construções reconstruiu o palacete.

Os onze quartos recuperaram o estilo de outrora, cada um ostentando uma cor, uma cama D. Maria e um tecto em gesso diferentes. Em comum conservam a ambiência clássica conjugada com os habituais confortos modernos, como a net ou o ar-condicionado.

Apesar de satisfeita com o reconhecimento conferido pelo prémio, Tânia Fortunato não poupa críticas às morosas burocracias que emperram os projectos de quem quer investir: «Este prémio é um estímulo, mas não compensa a espera dos três anos para abrir o hotel devido às várias exigências das entidades envolvidas, com investimento parado. Aqui, em São Martinho, os palacetes foram quase todos destruídos e no seu lugar nasceram novos edifícios. É muito injusto para quem quer investir na reabilitação».

Monday, October 22, 2007

TERTULIA NA PRÓXIMA 6ª FEIRA


DO BLOG DO MEU AMIGO JOSÉ GONÇALVES E DR. ERNESTO FELICIANO, TROUXE ESTA CONVOCATÓRIA PARA UMA TERTÚLIA QUE IRÁ TER LUGAR NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, DIA 26.10.07 , NO HOTEL PALACE DO CAPITÃO EM SÃO MARTINHO DO PORTO.

PELA IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA A DEBATER, AQUI O DEIXO A QUEM LHE POSSA INTERESSAR E ESTAR PRESENTE

TERTÚLIA

TEMA

Parque de Campismo da Freguesia - Que futuro?

. 26/10/2007
21:30 horas
.
HOTEL PALACE DO CAPITÃO
AV. MARGINAL


Este é um tema cuja importância e complexidade

merece um debate sério.

Compareça e participe!


Sunday, October 21, 2007

BOM DOMINGO!





HOJE É O DIA MUNDIAL DO ECUMENISMO

Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo".

O que é ecumenismo

O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que visa à unificação das igrejas cristãs (católica, ortodoxa e protestante). A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs.

Actualmente, o termo tem um significado estritamente religioso, apesar do seu contexto histórico abranger os aspectos geográfico, cultural e político. Numa edição especial, a revista Sem Fronteiras (As Grandes Religiões do Mundo, p. 36) descreve o ecumenismo como um movimento que se preocupa com as divisões entre as várias Igrejas cristãs. E explica: "Trabalha-se para que estas divisões sejam superadas de forma que se possa realizar o desejo de Jesus Cristo: de que todos os seus seguidores estivessem unidos, de assim como Ele e o Pai são um só."

Independente da definição, o objectivo da Igreja Católica Romana, exposto no livrete "O Que É Ecumenismo"?, é buscar uma aproximação, o que muitas vezes dá a impressão de que o objectivo do movimento é acabar com as outras igrejas para formar apenas uma. E, principalmente, que na nova Igreja todos se submetem a uma só autoridade eclesiástica. Mas, na verdade, não é exactamente esta a proposta. Por isso, é importante entender a questão mais profundamente.

Assim, ecumenismo é um assunto fascinante e desafiador. Discutir a questão ecumênica requer, antes de tudo, despir-se de preconceitos ou qualquer outro tipo de resistência. Mas, acima de tudo, sinceridade e clareza em nas convicções e posições.

Friday, October 19, 2007

POBREZA

TODOS OS DIAS






Dia Internacional para a erradicação da Pobreza
Portugal tem dois milhões de pobres

É um número que deveria envergonhar o País: de acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em situação de risco de pobreza era de 19 por cento em 2005, ou seja, cerca de dois milhões dos residentes em Portugal eram pobres ou em vias de se tornarem pobres. Em comparação com o ano anterior, registou-se uma ligeira melhoria, tendo a taxa diminuído um por cento.

Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), explica o INE, após as transferências sociais.

Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23 por cento, respectivamente.

Em comparação com outros países europeus, a taxa de risco de pobreza apenas era superior na Lituânia e Polónia, com 21 por cento da população em risco. A média europeia cifrava-se nos 16 por cento.

De acordo com os dados do INE, a taxa de risco de pobreza mais elevada era de 42 por cento (idosos vivendo sós e famílias com dois adultos e três ou mais crianças dependentes).

A distribuição de rendimentos demonstrava as desigualdades que grassam pelo País: o rendimento dos 20 por cento da população mais rica era 6,9 vezes superior ao dos 20 por cento da população com menor rendimento. Ou seja, os dois milhões de residentes com menos posses obtinham apenas sete por cento do rendimento líquido das famílias, enquanto aos dois milhões de residentes com mais riqueza correspondia 45 por cento do total do rendimento das famílias.

NO DESEMPREGO

Dos 19 por cento de residentes em situação de risco de pobreza, doze por cento estava empregado, 29 por cento não tinham qualquer trabalho e 25 por cento apenas obtinham rendimentos da reforma.

Em relação ao regime de ocupação do alojamento, 17 por cento dos pobres eram proprietários ou moravam numa casa sem pagar, enquanto 29 por cento eram arrendatários.

As transferências sociais, indica o INE, permitiram reduzir a taxa de pobreza em sete por cento. Se apenas fossem considerados os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 41 por cento da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2005 (cerca de 4,1 milhões de pessoas).

PENSÕES E SUBSÍDIOS AJUDAM

Os rendimentos de pensões de reforma e sobrevivência permitiram diminuir em 15 por cento os indivíduos em risco de pobreza. As transferências sociais – relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inserção social – permitiram reduzir em sete pontos percentuais a proporção de população em risco de pobreza.

Aliás, é no grupo dos idosos que as pensões e subsídios mais contam: sem eles, 82 por cento dos residentes com 65 ou mais anos estaria em risco de pobreza.

“Tal como a escravatura e o apartheid, a pobreza não é natural. É gerada pelo Homem e pode ser combatida e erradicada pela acção dos seres humanos (...).”

Nelson Mandela

Monday, October 15, 2007

CONTRA A HOMOFOBIA



Homenagem a "alguem" que consegue ousar viver sem ter medo desta nossa sociedade cheia de preconceitos e tabus...

Simplesmente Viver e Ser Livre de escolher o seu caminho, embora seja preciso ter mesmo muita Coragem!
E ... fora com os rótulos, pois na essencia somos todos iguais...


"Telepatia
Silêncio calma
Feitiçaria
Da tua alma
 
Passo a passo
Sem ter medo
Abrimos, soltámos
O nosso segredo
 
E a sorrir
Devorámos o mundo
Num abraço
Tão profundo
 
Telepatia
Sem contratempo
Deixei-te um dia
Num desalento
E eu sonhava
Existia
Pra sempre pra sempre
Foi pura poesia
 
Sem pensar
Não vi-te, passavas
Pelo meu corpo
Não ficavas
 
E a sorrir
Devorámos o mundo
Num abraço
Tão profundo"

Letra de: Ana Zanatti
Cantada por: Lara Li

Saturday, October 13, 2007

PAZ E CONCORDIA




Carta aberta a favor da paz
Muçulmanos apelam ao Papa

Mais de 130 líderes muçulmanos apelaram ontem à paz e concórdia entre islamismo e cristianismo. O apelo sem precedentes consta de uma carta aberta enviada ao Papa Bento XVI e outros líderes cristãos, e sublinha os aspectos partilhados por ambas as religiões, como “o primado do amor e a devoção a Deus”.

Citando em paralelo passagens do Alcorão e da Bíblia, os signatários da missiva sublinham: “a nossa própria alma imortal está em risco se não fizermos um esforço sincero no sentido da paz, para nos unirmos em harmonia”.

Uma vez que cristãos e muçulmanos constituem mais de metade da população do mundo, prossegue a carta, não haverá paz sem a concórdia entre as duas religiões. “Como muçulmanos dizemos aos cristãos que não estamos contra eles e que o Islão não está contra eles, desde que não façam guerra contra os muçulmanos [...], nem os oprimam e expulsem das suas casas”. Entre os signatários contam-se o grande mufti do Egipto, Ali Gomaa, e o ministro dos Assuntos Religiosos da Argélia, Bouabdellah Ghlamallah. Além do Papa, contam-se entre os destinatários o arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, líder da Igreja Anglicana, e o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, patriarca da Igreja Ortodoxa.

A carta surge na altura das celebrações do Eid al-Fitr, que marca o final do mês do Ramadão, e coincide com o aniversário da polémica causada o ano passado por Bento XVI quando ligou islamismo e violência.

Wednesday, October 10, 2007

RADICALISMO? NÃO!...




"Somos todos judeus"


Nunca é de mais reafirmar o repúdio e a condenação por todos os gestos que violam o respeito pela dignidade humana


Domingo, fim de tarde. Depois de uma cerimónia simples, mas cheia de significado, o presidente da comunidade islâmica, Abdool Vakil, cumprimentava solidariamente o líder da comunidade judaica de Lisboa, José Oulman Carp. Antes, tinha sido o representante do Patriarcado de Lisboa, P. Peter Stilwell, a repudiar firmemente as manifestações de ódio anti-semita. Eram gestos fraternos, que se multiplicavam no cemitério judaico de Lisboa, onde, uma semana antes, várias campas tinham sido vandalizadas com suásticas nazis.

“Somos todos Judeus”, disse-se. As palavras e as orações judaicas congregaram à sua volta, não só representantes do Estado, mas também das principais comunidades religiosas portuguesas. Ninguém ficou indiferente perante gestos ignóbeis inspirados por ideologias sinistras.

Nunca é de mais reafirmar o repúdio e a condenação por todos os gestos que violam o respeito pela dignidade humana. A longa história secular do anti-semitismo, que fez milhões de vítimas no último milénio, está cheia de gestos hostis como estes. Mesmo que isolados, ainda que sem vítimas, não é possível deixá-los passar em claro. Sem não perder a noção das proporções relativas – actualmente, em Portugal, o anti-semitismo não tem expressão quantitativa significativa – torna-se essencial condenar em absoluto um só gesto anti-semita que se verifique. Tal como um qualquer gesto racista.

Mas não chega ficar por aí. É fundamental, nestas ocasiões, demonstrar solidariedade para com as vítimas. Vem à memória o notável gesto do rei da Dinamarca, aquando da ocupação nazi e da tentativa de identificação de judeus para deportação, que passou a usar a estrela de David, como se fosse judeu. Foi seguido por centenas de milhares dos seus súbditos e os nazis falharam redondamente o seu objectivo. Por isso, a cerimónia do passado domingo foi tão importante. Ao ter visto nessa ocasião, cristãos, muçulmanos, hindus ou ateus, juntos, ao lado dos judeus, tornou-se presente essa solidariedade.

Depois de tudo isto, falta ainda um compromisso para o futuro. Cada um de nós, como cidadão, tem a responsabilidade de, dia-a-dia, dar um contributo para a construção de uma sociedade tolerante, onde ninguém possa ser perseguido pela sua religião ou etnia. Depende de nós, sobretudo através da educação das novas gerações, que se cultive o respeito pela diversidade religiosa e cultural para que não se repitam os erros do passado. Para isso, importa revisitar a História e conhecer as tragédias que o racismo e o anti-semitismo, ou por outro lado, o nazismo, o comunismo ou o maoísmo, provocaram. De igual forma, com idêntica relevância, é fundamental a aprendizagem sobre outras culturas e outras religiões, ganhando-se afecto pela riqueza que nos proporcionam. Assim se anulará o ambiente, marcado pela ignorância, pelos estereótipos e pelos preconceitos, em que todos os radicalismos progridem.

Saturday, October 06, 2007

HOMENAGEM














FAZ HOJE 8 ANOS QUE A AMÁLIA RODRIGUES PARTIU!


Amália Rodrigues [1920- 06/10/1999] - A Homenagem

Deixa uma imagem mítica nunca alcançada por ninguém. Deixa um povo agradecido. Se o fado é dor, é melodia, é poema, é amor, é vida, é fatalismo, é luz, é de pensar. Amália sentiu na sua alma algo que nunca poderá dizer. Nós só lhe poderemos dizer Obrigado.


Estranha forma de Vida

Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.

Letra e música: Alfredo Duarte e Amália Rodrigues

Friday, October 05, 2007

SEM COMENTÁRIOS...





Hemodiálise: Tratamento penoso
600 quilómetros para sobreviver à doença

Seiscentos num dia. Mil e oitocentos numa semana e 7200 num mês. Estes são os quilómetros que quatro doentes renais da região de Portalegre são obrigados a percorrer para fazer os tratamentos de hemodiálise numa clínica no Montijo por não terem vaga no centro da área de residência. Uma situação que os doentes, todos eles idosos, consideram cansativa e desesperante devido às longas horas de viagem.

fonte hospitalar disse que apesar de compreender o sofrimento dos doentes não existem soluções imediatas para o problema.

“É como dizer que não morremos do mal, mas morremos da cura. Se pudesse parava hoje, mas sei que se o fizer morro”, disse revoltada a doente renal Luzia Fonseca quando se encontrava em sua casa, em Vaiamonte, no concelho de Monforte, a aguardar a carrinha de transporte de doentes, que três vezes por semana significa para todos um “martírio”.

O veículo, que já trazia João Grilo, 68 anos, residente em Portalegre, ainda tinha de percorrer quase três centenas de quilómetros até ao Montijo. Pelo meio, a viagem seguiu ainda em direcção a Arronches para ir buscar a doente Maria Fragoso, 80 anos, e Degolados (Campo Maior), povoação onde reside Miraldina Rosa, de 77 anos. Só depois entrou na Auto-estrada 6, em Elvas. “As viagens raramente têm paragens. Chegamos à clínica e começamos a fazer os tratamentos que duram sempre quatro horas. A meio dão duas sandes com uma água, um sumo ou chá”, referiu Luzia, de 72 anos, que sofre dos rins há oito. “Estive internada até 14 de Julho e comecei a fazer hemodiálise desde essa altura. Como entrei para a lista de espera, tive de ir para o Montijo, que é a única solução.”

“Três vezes por semana é de mais. Chego a casa todo partido e sem forças para nada”, disse João Grilo, para quem a viagem é mais comprida, visto que é o primeiro a entrar e o último a sair da viatura.

Três horas e meia depois do início do trajecto de 292 quilómetros, os doentes chegam à SNS – Sociedade Nefrológica do Sul visivelmente cansados. O dia ainda ia a meio.

A viagem de regresso foi feita em silêncio.


NOVA UNIDADE DE DIÁLISE BLOQUEADA

Há cerca de quatro anos a Câmara de Portalegre disponibilizou um terreno para ser utilizado em futuras instalações relacionadas com a Saúde, entre as quais um novo centro de hemodiálise. De acordo com Mata Cáceres, presidente da autarquia, o concurso que previa a construção dessa nova unidade na capital de distrito foi contestado por uma empresa, o que estagnou o processo. “Aguardamos para breve o desbloqueamento que levou a que o concurso fosse suspenso, para que esta situação, de carácter urgente, possa ser resolvida”. Contactada a administração da Unidade de Saúde do Norte Alentejano (USNA), os objectivos são comuns aos da autarquia. “A questão da hemodiálise é prioritária para nós, esperando que até final do ano o concurso possa avançar”, disse oficial da USNA. A unidade de hemodiálise de Portalegre está neste momento lotada, não tendo capacidade de resposta e funcionando por lista de espera. Os quatro utentes que viajam três dias por semana para o Montijo encontram-se nessa lista para tratamento.

(Portugal Diário)

Tuesday, October 02, 2007

COREIA


Acordo de reconciliação
Cimeira histórica entre duas Coreias


A partir de hoje, e durante os próximos três dias, realiza-se na capital da Coreia do Norte, Pyongyang, uma cimeira histórica entre os líderes das duas Coreias, naquele que é mais um passo no sentido da reconciliação na península coreana.

Como prova da aproximação entre Pyongyang e Seul, o Presidente da Coreia do Sul, Roh Moo-hyun, num gesto simbólico, atravessou a pé esta terça-feira a linha desmilitarizada que marca a fronteira entre as duas Coreias.

Roh Moo-hyun, que vai reunir-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-Il, atravessou a linha amarela que marca há mais de 50 anos, desde 1953, a fronteira entre as duas Coreias, na localidade neutra de Panmunjon, após o que seguiu de automóvel para Pyongyang.

(PortugalDiário)