Friday, November 30, 2007


"APRENDEMOS A VOAR COMO PÁSSAROS
E A NADAR COMO PEIXES,


MAS NÃO APRENDEMOS A CONVIVER COMO IRMÃOS."

Martin Luther King

Monday, November 26, 2007

GRITO!



(Foto de Madalena Pestana)


Sonhar
mais um sonho impossível,
lutar, quando é fácil ceder,
vencer, o inimigo invencível,
negar, quando a regra é vender.

Sofrer,
a tortura implacável,
romper, a incabível prisão,
voar, no limite improvável,
tocar o inacessível chão.

É minha lei,
é minha questão,
virar esse mundo,
cravar esse chão.

Não me importa saber
se é terrível demais,
quantas guerras terei de vencer
por um pouco de paz.

E amanhã,
se esse chão que eu beijei
for meu leito e perdão,
vou saber que valeu
delirar e morrer de paixão.

E assim, seja lá como for,
vai ter fim a infinita aflição
e o mundo vai ver
uma flor brotar
do impossível chão.


(Joe Darion e Mitch Leigh)

Cantado por Maria Betania e Chico Buarque

(Foto de Madalena Pestana)

Sunday, November 25, 2007

25 DE NOVEMBRO




DIA MUNDIAL CONTRA A VIOLÊNCIA DE GÉNERO

ABAIXO A VIOLÊNCIA DE GÉNERO:

HUMANIDADE NÃO TEM SEXO!

Não deixemos que a violência cresça. Ergamos a nossa voz.

Contra a Violência! De Género! Sempre!


Alertas

Se fores vítima, ou testemunha, não hesites em denunciar!

Em caso de urgência liga o 800202148.Apresenta queixa às autoridades competentes.Pede apoio à APAV- Associação de Apoio à Vítima
Tel. 707200077 e-mail:
apav.sede@apav.pt

Mas não te cales. Calar é ser conivente com o agressor.

ADERE A ESTA INICIATIVA E PUBLICA UM POST DE

INDIGNAÇÃO

(Copiado do Blog da Sophiamar)


"A Amnistia Internacional publicou em Maio um relatório sobre a violência doméstica em Portugal. No ano passado morerram 33 pessoas vitimas de violência doméstica. Quase 3 mulheres por mês, morreram vítimas de maus tratos de familiares próximos.
Há milhares de pessoas que morrem vitimas de guerras. Milhares vitimas de repressão. O mesmo relatório da AI fala do conflito na provincia de Dafur no Sudão, que já matou milhares de pessoas e obriga milhões a abandonar as suas casas e as suas terras.
E reconheço a minha incapacidade de não me apetecer voltar a colocar a mesma foto a ilustrar um post sobre 33 mulheres que morreram em Portugal, vitimas da violência dos homens que amaram, que amam. Com quem fizeram as suas vidas. Muitas vezes, pais dos seus filhos. Mortes que, normalmente, culminam anos de violência diária, de ofensas, de agressões, de marcas que ficarão para sempre .
Nunca serei capaz de contabilizar a violência pelo número de mortes. Para mim, cada vida, uma vida, vale uma vida. A vida. E a ideia de se morrer, de se sofrer às mãos de quem se ama e em quem se confia, seja mulher ou seja criança lembrar-me-á sempre a imagem da Guernica. Multiplicada por 33 em 2005, as que não se puderam queixar ou por 18.133, as que ainda foram a tempo e tiveram coragem para o fazer. Só o não voltar a ilustrar um post com a mesma foto me leva a escolher, hoje, uma outra. De duas mãos que se acreditaram dadas para percorrer caminhos e que , às vezes, acabam assim. Ou acabam."

(Publicado por Isabel Faria)

Saturday, November 24, 2007

PARA REFLECTIR...


Desejo a todos um bom fim de semana!
Que a solidão esteja bem longe dos nossos corações...


AMIZADE - "CORRENTE DO BEM"

Da minha querida amiga Maria Faia do "Querubim Peregrino"
Muito obrigada!


"CORRENTE DA AMIZADE"

MUITO OBRIGADA MEU QUERIDO AMIGO!
Do José Gonçalves "Por entre montes e vales"

Sunday, November 18, 2007

O QUE SE PASSA POR CÁ...

Foto de: Madalena Pestana

Queridos Amigos, passo a copiar uma monofolha que está a ser distribuída e afixada este fim de semana em S.Martinho.
Quem sabe se pode vir alguma ajuda dos "amigos virtuais"? Sim, porque os outros vou abordá-los logo que possa...
Bom Domingo com muita Paz para todos!


PARÓQUIA DE S.MARTINHO DO PORTO

CONFERENCIA DE S.VICENTE DE PAULO

“Vicentinas”

“ Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”


APELO A TODA A POPULAÇÃOAPELO A TODA A POPULAÇÃO

CAMPANHA - 2 MESES FORTES DE SOLIDARIEDADE NOVEMBRO E DEZEMBRO

Colabore na entrega de artigos para colocarmos na Venda de Natal e na dádiva de Brinquedos para serem distribuídos às crianças na Ceia de Natal, que vamos dar aos utentes do “Banco Alimentar” no dia 23 de Dezembro.


Entregas podem ser efectuadas na nossa Sede – Antigo Quartel dos Bombeiros, Rua José Bento da Silva:

Novembro – Dia 24

Dezembro – Dia 01

Das 10h00 às 12h00

E durante a Venda de Natal, de 08 a 22 de Dezembro, na Estalagem Concha – Largo Vitorino Frois – (em frente ao Café Samar), das 15h00 às 17h00 e das 21h30 às 22h30.

Colaboração dos Escuteiros: Recolha/ Entregas

Dezembro – Dia 01 e dia 08, na sua Sede, no Centro Pastoral (ao lado da Igreja e do Café do Sr. Natalino).APELO A TODA A POPULAÇÃO


Wednesday, November 14, 2007

CATIVAR...

"Foi o tempo que perdeste com a tua Rosa,

que tornou a tua Rosa tão importante!"


A Rosa que aqui deixo, não é decerto a do Principezinho mas é uma fotografia tirada por mim com muito carinho e que é para ser levada por todos os amigos que aqui passarem. Cuidem bem dela!

Em especial dou-a à Maria Faia, ao José Gonçalves, à Sophiamar, à Meg, à um Momento e ao Ernesto Feliciano.

Monday, November 12, 2007

NOS SESSENTA ANOS DE "O PETIT PRINCE"


Tenho-o como "livro de cabeçeira"... Hoje em especial para mim, não resisti a transcrever uma parte que acho preciosa!

“E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incomodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua ideia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (excepto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.”