Friday, September 28, 2007

DIA MUNDIAL DO TURISMO



Portugal vai ter cinco regiões de turismo em vez das actuais 19 que apesar de numerosas não cobriam todo o território. O novo mapa das regiões, que integra o diploma da desconcentração da administração central, deverá ser aprovada no próximo mês.






"Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve vão ser as cinco grandes regiões, fazendo com que nenhum concelho do país fique de fora do mapa turístico, ao contrário do que acontecia até aqui: Lisboa e Guimarães, por exemplo, não integram actualmente nenhuma região.

A alteração do número de regiões visa não só reduzir o seu número, considerado excessivo mesmo no sector, mas também “alargar o âmbito das regiões a todo o país e aumentar as suas competências”, explicou ao CM o secretário de Estado do Turismo. Entre aquelas competências encontra-se, exemplifica Bernardo Trindade, a definição dos roteiros turísticos.

A transferência de competências da administração central para as regiões de turismo será devidamente acompanhada da transferência de verbas, isto é, através de financiamentos que serão contratualizados através do Turismo de Portugal, acrescenta Bernardo Trindade.

Com esta redução de regiões, será possível concentrar esforços e recursos, na promoção não só regional, mas também nacional e internacional dos produtos turísticos locais mais significativos.

O número de regiões de turismo era tido consensualmente como excessivo e a sua redução era há muito defendida. Actualmente, existem as Regiões de Turismo do Alto Minho, Verde Minho, Alto Tâmega e Barroso, Nordeste Transmontano, Douro Sul, Serra do Marão, Centro, Serra da Estrela, Rota da Luz, Dão Lafões, Leiria-Fátima, Templários, Ribatejo, Oeste, Costa Azul, Norte Alentejo, Évora, Planície Dourada e Algarve."

(Portugal Diário)


Tenho esperança que, com esta nova divisão das Regiões de Turismo, o "nosso" São Martinho passe a ter mais divulgação no estrangeiro. Como actualmente é nula, tudo o que se fizer é decerto positivo! Esperemos melhores dias...

Tuesday, September 25, 2007

BIRMANIA



Suu Kyi





Monges budistas atacados em manifestação na Birmânia

Centenas de monges budistas e cidadãos marcharam ontem em várias localidades da Birmânia, em protesto contra a junta militar que governa o país. Em Sittwe, foram recebidos com gás lacrimogéneo pela polícia, e quatro deles ficaram sob prisão, segundo a Reuters.
A origem dos protestos, que já duram desde meados de Agosto, está relacionada com o aumento de 500 por cento do preço dos combustíveis, que está a fragilizar a já débil economia daquele país.
Yangon, outro local de protesto, viu 400 monges passar pelas ruas, sendo-lhes recusada, pelas forças de segurança, a entrada no Pagode de Shwedagon, onde iriam boicotar um rito religioso muito importante para todas as pessoas relacionadas com o Governo. Em Bago, o protesto contou com cerca de mil manifestantes.
Os monges tinham estabelecido a passada segunda-feira como limite para um pedido de desculpas formal por parte do Governo, por ter espancado vários manifestantes há duas semanas. A influência social dos monges budistas na Birmânia é enorme, e a junta arrisca muito, ao afrontá-los directamente.
"Os monges devem continuar a protestar até que o Governo peça desculpa", disse Win Min, um analista tailandês, à AFP.



Birmânia: Oposicionista Suu Kyi saudou em lágrimas monges budistas em manifestação

22 de Setembro

Rangum, 22 Set (Lusa) - A oposicionista birmanesa Aung San Suu Kyi, sob reclusão domiciliária há mais de quatro anos, saiu hoje da sua casa em Rangum para cumprimentar monges budistas que se manifestavam contra a Junta Militar, indicaram testemunhas.

Geralmente, forças de segurança bloqueiam a avenida onde se situa a residência de Suu Kyi, mas hoje excepcionalmente um milhar de manifestantes pôde passar diante da sua casa.

Aung San Suu Kyi, 62 anos, saiu de dentro da casa com lágrimas nos olhos em companhia de duas outras mulheres e foi cumprimentar os monges, alguns dos quais começaram a chorar, ainda segundo relatos de testemunhas.

Apesar de chover, os monges permaneceram diante da residência da oposicionista durante cerca de quinze minutos, dizendo uma oração:"sejamos totalmente livres de qualquer perigo, de qualquer dor, da pobreza e que a paz esteja nos nossos corações e nos nossos espíritos".

Cerca de 20 polícias tinham momentos antes retirado as barreiras que bloqueiam a avenida e não interromperam a procissão religiosa, segundo as mesmas fontes. Mal os monges partiram, as forças de segurança voltaram a encerrar a artéria.

Suu Kyi saíra da sua residência pela última vez em Novembro de 2006, altura em que a Junta Militar a autorizou a encontrar-se durante uma hora com um enviado especial das Nações Unidas, Ibrahim Gambari.

Aung San Suu Kyi, prémio Nobel da paz em 1991, está reclusa em casa há mais de quatro anos e foi privada de liberdade durante a maior parte dos últimos 18 anos.

A Liga Nacional para a Democracia (LND), partido que co-fundou em 1988, venceu por larga maioria nas eleições legislativas de 1990, mas os resultados foram rejeitados pelos generais no poder.

Desde o início da semana, jovens monges budistas aderiram a um movimento de protesto desencadeado em 19 de Agosto contra a Junta após o aumento em 50 por cento dos preços dos combustíveis e dos transportes públicos.

Hoje, cerca de um milhar de monges desfilaram pelas ruas de Mandalay, no centro da Birmânia, enquanto 2.000 outros o fizeram em Rangum, a maior cidade do país.

A marcha em Mandalay, que conta com numerosos locais de culto budistas e centros de educação religiosa, terminou sem incidentes, o mesmo acontecendo com a de Rangum.

JMS.

Lusa


Wednesday, September 19, 2007

MARIA CALLAS, 30 ANOS APÓS A SUA MORTE











Brava Callas! Brava Maria!

"Se você ama a música a ponto de servi-la humildemente, o sucesso acontecerá automaticamente” – Maria Callas

Uma voz cortante, poderosa, capaz de levar o ouvinte a abismos de paixão ou de dor lancinante. Maria Callas é a emoção superlativa. Uma diva única, quase força da natureza. Quem viu seus olhos expressivos, a visceral interpretação de suas violetas, rosinas, turandots, lucias e normas jamais voltará a se conformar somente com uma bela voz de soprano. A indomável Callas, geniosa, intempestiva, era regida pelos sentimentos. Em sua pele, nenhum personagem de ópera era ficcional. O sangue fervia, a dramaticidade explodia, puro êxtase. Butterfly era um lamento nunca ouvido, Magdalena a voz da emoção, e Violeta morria de olhos abertos, encarando uma platéia atônita e chocada.

Ela encantou Pasolini, Zeffirelli e Visconti, emudeceu poderosos e seduziu milhões. Era a Grande Callas, La Divina Callas, sobrenome que nem era seu e que criou fazendo um anagrama com o nome do maior templo da ópera: o teatro Scala, de Milão. Paradoxalmente, essa mulher que fazia de seu canto a expressão máxima de todos os sentimentos humanos, foi desprezada pelo único homem que amou. A crueldade do armador grego Aristóteles Onassis pode ser medida por uma frase proferida quando a voz de Maria já declinava, em que comparava sua poderosa voz a “um apito que você traz na garganta”.

Boa parte da atração que Maria Callas exerce sobre o grande público tem raízes fincadas exatamente em sua biografia, permeada por espetaculares feitos e por escândalos alimentados pela mídia. Veja-se o caso do milionário Onassis. No auge da fama, Maria sofreu tremendo assédio por parte do armador grego, que era casado com Tina. Presentes luxuosos e toda sorte de mimos foram usados por Onassis para convencê-la. Ela capitulou e mergulhou em uma relação atormentada, onde foi submetida a humilhações, como o desprezo de Christina, a filha de Onassis, ou o momento em que teve de depor em um tribunal americano sobre sua participação na separação do casal Onassis. Seu divórcio de Giovanni Battista Meneghini foi explorado à exaustão pelos jornais, suas explosões de fúria ficaram registradas pelos fotógrafos, sua intimidade foi devassada.

O mundo acompanhou a grã sacerdotisa do canto quando ela descobriu amor e sexo aos 36 anos e então desejou deixar de ser deusa e assumir uma vida mais pacata e caseira: “Só desejo um marido, filhos e um cachorro”, declarou.

Aristo - a forma carinhosa com que Maria tratava Onassis na intimidade – coroou sua passagem pela vida de Callas trocando-a por Jacqueline Kennedy quando esta enviuvou do presidente americano. Repetiu com Jacqueline o assédio que havia feito a Maria. O trauma emocional de Callas foi proporcional ao impacto causado pelo novo casal Onassis

Outra façanha de Maria refere-se à silhueta. Da soprano gordinha, em poucos meses ela se transformou em uma sílfide e abriu um debate acalorado sobre o impacto do emagrecimento sobre sua voz. Esse episódio é apontado como uma das maiores provas de sua quase legendária persistência, uma força de vontade assombrosa que a atraía como ímã para todos os desafios, tanto na carreira artística como na vida íntima.

Mas, além da curiosidade que despertava e dos escândalos que protagonizava, Maria era uma artista fulgurante. Nada em sua biografia se compara ao poder encantatório de sua voz. A gravação da sua mais famosa apresentação da Norma, de Vincenzo Bellini (1801-1835), com a orquestra do Scala, regida pelo maestro Tullio Serafin, é um ícone da história da ópera pela emoção e dramaticidade que emergem da voz de Maria. Norma foi o papel que Callas mais representou: 92 vezes. A ópera toda – mas principalmente a ária Casta Diva – consolidaram sua reputação e sua fama. Curiosamente, a seu amor pelo canto deve-se o resgate de Norma, que habitava um certo limbo, bem como algumas óperas de Rossini, a quem emprestou um sopro de graça e leveza.

Inspirada pela condução segura de Serafin, Maria fez mais: subverteu as regras até então aceitas no canto lírico e ousou desconstruir a exagerada especialização que se instalara. Os sopranos, em sua época, estavam subdivididos em dramático, mezzo, coloratura, ligeiro e spinto. Ninguém ousava romper a barreira. Maria fez isso, e logo na estréia em Verona, em 1947, aos 24 anos. Contrariando tudo o que até se acreditava, cantou na mesma semana Tristão e Isolda, de Richard Wagner, Turandot, de Giaccomo Puccini, e voltou a Wagner no papel de Brunnhilde. Um verdadeiro feito o de cantar – e simultaneamente - o repertório de vários tipos de soprano.

Décadas depois, em uma das famosas master classes que Callas deu na Juilliard School of Music em Nova York, em 1971-72, ela sentenciou: "Hoje só se fala em baixo profundo, baixo cantante, barítono-baixo ou soprano ligeiro, soprano spinto, soprano disso, soprano daquilo. A cantora é soprano, e basta! Um instrumentista faz os baixos e agudos. Do mesmo modo, um cantor deve cantar em todas as tessituras".

Sua interpretação da Tosca, de Giacomo Puccini (1858-1924), também entrou para a história do bel-canto, principalmente na apresentação que fez no Scala sob a regência de Victor de Sabata. Floria Tosca foi representada 39 vezes por Callas, mas nada se compara com a majestosa apresentação de 1953, em que Maria contracena com dois outros cantores respeitáveis: o tenor Di Stefano e o baixo Tito Gobbi.

Curiosamente, a Tosca ocupou especial lugar em sua vida. Maria - nascida em Manhattan, filha de gregos - estreou na Ópera Nacional de Atenas em 1942 exatamente com a Tosca. E foi com ela que encerrou sua carreira em 1965, em Londres.

Maria morreu sozinha, em seu apartamento de Paris, em 16 de setembro de 1977, vítima de um infarto. Enquanto o enterro percorria a rua Georges Bizet, centenas de parisienses que choravam saudaram a passagem do esquife com a saudação que emocionava Maria na saída dos teatros: “Brava Callas!, Brava Maria!”. Na primavera de 1979, suas cinzas foram lançadas no Mar Egeu.

Em : “Arte Livre”


Maria Callas - L'amour Est Un Oiseau Rebelle
Georges Bizet

L'amour est un Oiseau Rebelle - Havanaise.
(Bizet).
 
L'amour est un oiseau rebelle
Que nul ne peut apprivoiser,
Et c'est bien en vain qu'on l'appelle,
S'il lui convient de refuser.
Rien n'y fait, menace ou prière,
L'un parle bien, l'autre se tait;
Et c'est l'autre que je préfère:
Il n'a rien dit, mais il me plaît.
 
L'amour est enfant de bohème,
Il n'a jamais connu de loi:
Si tu ne m'aimes pas, je t'aime;
Si je t'aime, prends garde à toi!
 
L'oiseau que tu croyais surprendre
Battit de l'aile et s'envola ?
L'amour est loin, tu peux l'attendre;
Tu ne l'attends plus, il est là!


Trinta anos após a sua morte, a genialidade musical de Maria Callas continua a ser intensamente recordada. A data é assinalada um pouco por toda a Europa. O La Scala de Milão organiza duas exposições sobre a diva de origem grega. "Callas é um mito e o nosso teatro tem um extraordinário conjunto de memórias da cantora. Por isso o La Scala decidiu homenageá-la nos trinta anos da sua morte", afirmou Stephane Lissner, responsável da instituição.

Uma das exposições apresenta os trajes que a cantora envergou no emblemático teatro italiano. A outra mostra as fotografias da "prima dona assoluta" nos bastidores. A soprano morreu a 16 de Setembro de 1977, em Paris, aos 53 anos.
Maria Callas passou por Lisboa uma única vez para cantar "La Traviata" no palco do São Carlos em 1958.

Em “Euronews”


Saturday, September 15, 2007

DARFUR







Dia Global por Darfur

3,5 Milhões carecem de ajuda humanitária

O Largo Camões vai receber, este Domingo – 16 de Setembro, a edição nacional do “Dia Global por Darfur”. A Plataforma África, proponente da Campanha “Por Darfur», reúne sete organizações não governamentais e promove este evento com o objectivo de “sensibilizar a sociedade civil para este drama humanitário e, por outro, colocar este tema na agenda política internacional, de forma a criar uma Força de Paz com verdadeira intervenção humanitária para aquela região do Sudão”, lê-se em comunicado de imprensa.

A partir das 18h, várias acções marcam o dia de Domingo, no Chiado. Estará presente uma exposição com fotografias de Darfur; vai ser possível subscrever uma Petição à Presidência da União Europeia pedindo a inclusão da situação em Darfur na agenda da Cimeira da EU / África e sobre a entrada das forças de manutenção de paz das Nações Unidas no Darfur; e será ainda pedida a colocação de uma venda preta nos olhos de todas as pessoas presentes durante 30 segundos.

Ao final da tarde, formar-se-á um cordão humano para escrever a palavra Darfur.

Quatro anos de conflito

Mais de 200 mil pessoas terão morrido e mais de dois milhões foram obrigadas a abandonar as suas casas em consequência da guerra civil que devasta a região do Darfur (um território da dimensão da França) há mais de quatro anos. Os combates opõem grupos rebeldes ao Governo islâmico de Cartum.

Em resposta à insurreição, o Exército armou as tribos nómadas locais, há anos em conflito com os agricultores negros da região e agora responsabilizadas por ataques indiscriminados contra várias aldeias.

Cerca de 3,5 milhões de homens, mulheres e crianças na região de Darfur carecem de ajuda humanitária, o que representa mais de um terço da população portuguesa. Outros números indicam que 2,5 milhões de darfuris perderam as suas casas desde o início do conflito, o que corresponde à população da cidade italiana Roma, que tem o mesmo número de habitantes.

Vera Moutinho

Saturday, September 08, 2007

CRIANÇAS - Dedico este artigo aos meus queridos "sobrinhos"

Martim


Rosarinho e Sunças

António Maria




Carolina Luis Maria

















Carolina e Sunças (Mª da Assunção) Manuel Maria

Bernardo



Após três dias de discussões e debates durante o Fórum Infantil, evento que precedeu a Sessão Especial sobre a Criança na Assembléia Geral das Nações Unidas, cerca de 400 jovens endossaram a declaração a ser apresentada aos líderes mundiais. Gabriela Azurduy Arrieta, de 13 anos, da Bolívia, e Audrey Cheynut, de 17 anos, de Mônaco, foram escolhidas por seus pares para representá-los. Ao iniciar a Sessão Especial, em 8 de maio de 2002, estas duas jovens delegadas do Fórum postaram-se diante da Assembléia Geral e deram seu recado. Nessa ocasião histórica, crianças dirigiram-se formalmente à Assembléia Geral das Nações Unidas pela primeira vez, em nome das crianças, dando voz à sua visão de um mundo melhor.

Um mundo para nós

Nós somos as crianças do mundo.

Nós somos as vítimas de exploração e abusos.

Nós somos crianças de rua.

Nós somos crianças da guerra.

Nós somos as vítimas e os órfãos do HIV/AIDS.

Nós não recebemos educação de boa qualidade e cuidados de saúde.

Nós somos vítimas de discriminação política, econômica, cultural, religiosa e ambiental.

Nós somos crianças cujas vozes não estão sendo ouvidas: é hora de sermos levados em consideração.

Nós queremos um mundo adequado para as crianças, porque um mundo adequado para nós é um mundo adequado para todos.

Nesse mundo,

Nós vemos respeito pelos direitos da criança:

  • governos e adultos real e efetivamente comprometidos com o princípio dos direitos da criança e aplicando a Convenção sobre os Direitos da Criança a todas as crianças,
  • ambientes seguros, tranqüilos e saudáveis para a criança nas famílias, nas comunidades e nos países.

Nós vemos o fim da exploração, do abuso e da violência:

  • leis que protejam a criança da exploração e do abuso sendo implementadas e respeitadas por todos,
  • centros e programas que ajudem a reconstruir a vida de crianças maltratadas.

Nós vemos um fim para a guerra:

  • líderes mundiais resolvendo conflitos por meio do diálogo pacífico, e não pelo uso da força,
  • crianças refugiadas e crianças vítimas da guerra protegidas de todas as maneiras e tendo as mesmas oportunidades de todas as outras crianças,
  • desarmamento, eliminação do comércio de armamentos e o fim da utilização de crianças-soldados.

Nós vemos a disponibilidade de cuidados de saúde:

  • medicamentos e tratamentos que salvam vidas disponíveis e acessíveis a todas as crianças,
  • parcerias fortes e responsáveis estabelecidas entre todos para oferecer melhores condições de saúde para a criança.

Nós vemos a erradicação do HIV/AIDS:

  • sistemas educacionais que incluam programas de prevenção do HIV,
  • testes gratuitos e centros de orientação,
  • informações sobre HIV/AIDS de graça e disponíveis para o público,
  • órfãos da AIDS e crianças vivendo com HIV/AIDS recebendo cuidados e desfrutando das mesmas oportunidades de todas as outras crianças.

Nós vemos a proteção do meio ambiente:

  • conservação e resgate de recursos naturais,
  • consciência da necessidade de vivermos em ambientes saudáveis e favoráveis ao nosso desenvolvimento,
  • ambientes acessíveis para crianças com necessidades especiais.

Nós vemos um fim para o círculo vicioso da pobreza:

  • comitês anti-pobreza que trabalhem com transparência em relação aos gastos e prestem atenção às necessidades de todas as crianças,
  • perdão de dívidas que impeçam o progresso das crianças.

Nós vemos a oferta de educação:

  • oportunidades iguais e acesso a educação de qualidade gratuita e compulsória,
  • ambientes escolares nos quais as crianças sintam prazer em aprender,
  • educação para a vida que vá além dos estudos, incluindo aulas sobre compreensão, direitos humanos, paz, aceitação e cidadania ativa.

Nós vemos a participação ativa das crianças:

  • promoção da conscientização e do respeito entre pessoas de todas as idades com relação ao direito de cada criança à participação plena e significativa, dentro do espírito da Convenção sobre os Direitos da Criança,
  • crianças envolvidas ativamente em todos os níveis nas tomadas de decisão e no planejamento, na implementação, no acompanhamento e na avaliação de todas as questões que afetam seus direitos.

Nós queremos a garantia de uma parceria eqüitativa nesta luta pelos direitos da criança.

E ao prometermos apoiar suas ações em favor da criança, também pedimos seu comprometimento e apoio às nossas ações – porque as crianças do mundo são incompreendidas.

Nós não somos a fonte dos problemas; somos os recursos necessários para resolvê-los.

Nós não somos despesas; somos investimentos.

Nós não somos apenas pessoas jovens; somos pessoas e cidadãos deste mundo.

Até que as outras pessoas aceitem sua responsabilidade com relação a nós, lutaremos por nossos direitos.

Nós temos a determinação, o conhecimento, a sensibilidade e a dedicação.

Nós prometemos que, quando formos adultos, defenderemos os direitos da criança com a mesma paixão que temos agora como crianças.

Nós prometemos tratar-nos uns aos outros com dignidade e respeito.

Nós prometemos ser abertos e sensíveis a nossas diferenças.

Nós somos as crianças do mundo, e, apesar de nossas experiências diferentes, compartilhamos uma realidade comum.

Nós estamos unidos pela nossa luta para tornar o mundo um lugar melhor para todos.

Vocês nos chamam de futuro, mas nós somos também o presente.


POIS O "ARAMIS-CAVALGADA" RECEBEU PELA SEGUNDA VEZ O CERTIFICADO DE "MELHORES MOMENTOS VIRTUAIS".
FOI NOMEADO PELO AMIGO JOSÉ GONÇALVES DO BLOG "PORENTREMONTESEVALES"

MUITO OBRIGADA MEU QUERIDO AMIGO, É SEMPRE UM BOM INCENTIVO...

Monday, September 03, 2007

PAZ



"O que está acontecendo na Palestina, não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico." GANDHI




Não iremos embora
Tawfic Zayyad*

Aqui
Sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Em vossas goelas
Como cacos de vidro
Imperturbáveis
E em vossos olhos
Como uma tempestade de fogo
Aqui
Sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Em lavar os pratos em vossas casas
Em encher os copos dos senhores
Em esfregar os ladrilhos das cozinhas pretas
Para arrancar
A comida de nossos filhos
De vossas presas azuis
Aqui sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Famintos
Nus
Provocadores
Declamando poemas
Somos os guardiões da sombra
Das laranjeiras e das oliveiras
Semeamos as idéias como o fermento na massa
Nossos nervos são de gelo
Mas nossos corações vomitam fogo
Quando tivermos sede
Espremeremos as pedras
E comeremos terra
Quando estivermos famintos
Mas não iremos embora
E não seremos avarentos com nosso sangue
Aqui
Temos um passado
E um presente
Aqui
Está nosso futuro

*Tawfic Zayyad, palestino de Nazaré, é considerado um pioneiro da poesia de resistência. A maior parte de sua obra foi escrita na prisão.



"DOIS POVOS... DOIS PAÍSES"
(Fotos do Mário de Sousa e do google)

Saturday, September 01, 2007

"AI TIMOR SE OS OUTROS CALAM, CANTEMOS NÓS!"



(Fotos do Google)

TÃO GRANDE DOR


Timor fragilíssimo e distante
Do povo e da guerrilha
Evanescente nas brumas da montanha

Em frente ao pasmo atento das crianças
Assim contava o poeta Rui Cinatti
Sentado no chão
Naquela noite em que voltara da viagem

Timor
Dever que não foi cumprido e que por isso dói

Depois vieram notícias desgarradas
Raras e confusas
Violências mortes crueldade
E anos após ano
Ia crescendo sempre a atrocidade
E dia a dia - espanto prodígio assombro
Cresceu a valentia
Do povo e da guerrilha
Evanescente nas brumas da montanha

Timor cercado por um bruto silêncio
Mais pesado e mais espesso do que o muro
De Berlim que foi sempre falado
Porque não era um muro mas um cerco
Que por segundo cerco era cercado

O cerco da surdez dos consumistas
Tão cheios de jornais e de notícias

Mas como se fosse o milagre pedido
Pelo rio da prece ao som das balas
As imagens do massacre foram salvas
As imagens romperam os cercos do silêncio
Irromperam nos écrans e os surdos viram
A evidência nua das imagens.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)