Cais de embarques e desembarques, da Rainha D. Amélia ao simples pescador de pé descalço, Cais dos nossos pensamentos, desalentos e amores, Cais das nossas lembranças, solidão e até paixão!
Tenho a carne dorida Do pousar de umas aves Que não sei de onde são: Só sei que gostam de vida Picada em meu coração. Quando vêm, vêm suaves; Partindo, tão gordas vão!
Como eu gosto de estar Aqui na minha janela A dar miolos ás aves! Ponho-me a olhar o mar: - Olha um navio sem rumo! E de vê-lo dá-lhe a vela Ou sejam meus cílios tristes: A ave e a nave, em resumo Aqui na minha janela.
VITORINO NEMÈSIO
Minha amiga Do teu cais, soltaram-se as amarras que via da minha janela. Lembrei-me e procurei de entre os inumeros poemas, um que se fizesse ao mar, mas que voltasse sempre a este cais. Como vês este poema é de Vitorino Nemésio que tão bem sabia transmitir nas palavras, fossem ou não poemas, a paz que todos procuramos. Um beijinho António Inglês
3 Comments:
NAVIO
Tenho a carne dorida
Do pousar de umas aves
Que não sei de onde são:
Só sei que gostam de vida
Picada em meu coração.
Quando vêm, vêm suaves;
Partindo, tão gordas vão!
Como eu gosto de estar
Aqui na minha janela
A dar miolos ás aves!
Ponho-me a olhar o mar:
- Olha um navio sem rumo!
E de vê-lo dá-lhe a vela
Ou sejam meus cílios tristes:
A ave e a nave, em resumo
Aqui na minha janela.
VITORINO NEMÈSIO
Minha amiga
Do teu cais, soltaram-se as amarras que via da minha janela.
Lembrei-me e procurei de entre os inumeros poemas, um que se fizesse ao mar, mas que voltasse sempre a este cais.
Como vês este poema é de Vitorino Nemésio que tão bem sabia transmitir nas palavras, fossem ou não poemas, a paz que todos procuramos.
Um beijinho
António Inglês
http://porentremontesevales.blogspot.com/
Minha querida amiga anote este blog nas suas visitas.
Um abraço
José Gonçalves
Amigo José Gonçalves,
Anotei, visitei e até já postei!!!
Está mesmo muito bem feito.
Beijinhos
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